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O meu adeus a Steve Jobs

por Gino Olivato

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Quando Charles H. Duell, diretor do Departamento de Patentes dos EUA, propôs o fechamento da Seção de Registro de Novas Patentes, pois “Tudo que seria inventando, já o foi”, ainda faltavam 56 anos para Steve Jobs nascer. Assim como a geração anterior à minha lembra exatamente onde estava quando Kennedy foi assassinado, lembraremos exatamente onde estávamos quando soubemos que Jobs não estava mais entre nós. Eu decolei de Manaus às 5 da tarde, chegando em São Paulo às 9:30; ainda no avião liguei meu iPhone onde recebi um SMS da minha mulher dizendo ” O Steve se foi”.

Eu não conheci o Steve, e você provavelmente também não, mas sentimos uma conexão com ele, além da marca e do produto, algo relacionado com a paixão que ele tinha por tudo o que fazia. Nem sempre popular e extremamente confiante Steve deixou sua marca assim como Bell ou Marconi; sua inovação de ruptura mudou a maneira que a humanidade se relaciona com a tecnologia, por no mínimo 3 vezes.

Há 10 anos atrás o mundo conheceu o primeiro iPod, lançado em 23 de outubro de 2001. Algumas empresas já haviam tentado comercializar um tocador de música digital portátil, necessitando de manual e com uma interface não muito amigável, não emplacaram. Mas foi em abril de 2003 com o lançamento da 3ª geração que o iPod chegou ao Windows, à porta USB e dominou o mundo, e não foi só isso, este foi o mesmo lançamento da iTunes Store, que trouxe uma nova maneira de se comercializar música, desacreditada na época.

Quando em janeiro de 2007, Steve Jobs lançou o iPhone, nós já conhecíamos o celular, a tela sensível ao toque e o conceito do smartphone. Mas ao segurar o iPhone Classic nas mãos entendi o que era tudo isso em um único dispositivo com tela multi-toque: a reinvenção do celular. E hoje, 4 anos depois, a concorrência ainda se esforça para fazer um produto que combata o conceito criado pela Apple com o iPhone.

Por quase uma década a Microsoft tentou emplacar o tablet PC, mas foi em janeiro de 2010 que o nosso saudoso CEO mostrou sua versão da palavra tablet, o iPad. Desde então todo mundo quer um tablet, inclusive a concorrência, que já criou vários produtos para este mercado, que sempre existiu, mas só o toque de Jobs conseguiu sofisticar a tecnologia para simplificar seu uso; tornando-a acessível a todos.

Esta maneira de pensar diferente foi a filosofia que Jobs implementou na Apple quando voltou em 97, explícita na campanha Think Different. Convidando os consumidores a pensarem de forma diferente e migrarem para o Mac a campanha teve cerca de 29 posters, passando por Einstein, Lennon e Picasso. Com certeza o próprio Steve estaria hoje em um poster de sua campanha.

Adeus Steve, pessoas como você me fazem crer no no valor da diferença entre cada um que vive aqui. A matéria perece a essência se imortaliza.

Crédito da imagem: Gino Olivato

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